Eixo Transversal

"Incentivar a participação de docentes, técnicos-administrativos e discentes no desenvolvimento de Projetos de Extensão Universitária, norteados pelo tema “Universidade Pública, Saúde e Sociedade” com o objetivo de garantir e promovera formação universitária, no âmbito da UFPA, integrando o ensino, pesquisa e extensão."

Título: 

Deficiência visual e a utilização de recursos didáticos adaptados para o ensino de Geometria

Subunidade Acadêmica: 

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia

Grande Área: 

Ciências Exatas e da Terra

Área Temática Principal: Educação linha de Extensão Formação de Professores 

Local de Execução: Abaetetuba 

Abrangência: Interinstitucional

Área: Urbana

Palavras-chave: 

Deficiência visual; Inclusão; Ensino; Geometria.

Resumo:

 Com a concepção de contribuir com uma formação profissional para os alunos do curso de Matemática e para os professores da rede pública de ensino, principalmente no que se refere aos aspectos inclusivos, uma realidade evidente na educação básica brasileira e, mais visivelmente, também uma veracidade de programas de ensino superior, dispõe-se o projeto “Deficiência visual e a utilização de recursos didáticos adaptados para o ensino de Geometria” com o intuito de estimular o debate sobre as políticas públicas de inclusão dos alunos com deficiência visual nos espaços escolares de ensino básico do município de Abaetetuba/PA, bem como incentivar atividades designadas a proporcionar aos alunos com deficiência visual e professores recursos didáticos adaptados com finalidade de unir-se a teoria à prática pedagógica voltado ao ensino de Geometria.

Justificativa: 

É notório que a diversidade humana, vem desafiando a educação a conviver com as diferenças, em particular com a deficiência visual, protagonista do presente estudo. A inclusão de pessoas com deficiência visual nas escolas da rede pública de ensino é uma temática que atualmente vem trazendo muitas discussões na sociedade, isso ocorre, pois, ela tem sido um dos grandes desafios nas instituições de nível superior e de nível básico de ensino, devido a condição estrutural e pedagógica das instituições de ensino, que tem como dificuldades a falta de recursos didáticos adaptados para o espaço e falta de formação/preparação dos profissionais docentes, para lidar com esse público. Todavia, uma das grandes conquistas no que tange a educação inclusiva, é a Lei nº 13.146/2015 que é instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), cujo intuito é de assegurar e promover condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e de cidadania. E o direito à Educação é assegurado a pessoa com deficiência por meio da Lei 9.394/06 e Decreto 5.296/04 que determina condições especiais de acesso e utilização de todos os ambientes escolares, como salas de aula, biblioteca, laboratório, refeitório, dentre outros em escolas particulares ou públicas E com a implementação dessas leis mencionadas, nos últimos tempos começou grandes discussões sobre essa temática. Alves e Duarte (2005), descrevem algumas barreiras enfrentadas pelos professores para a concretização da integração dos alunos cegos e com baixa visão, que é a falta de equipamentos apropriados para o ensino e a falta de qualificação desses profissionais para trabalhar com esse público. Além disso, (SILVA, 2011) relata em suas pesquisas que é necessário a construção de novas práticas pedagogias, pois, a inclusão de alunos com deficiência visual necessita de novos métodos que gerem conhecimentos e conteúdo que possam contribuir com o processo de inclusão na escola. Portanto, se torna necessário mudanças estruturais e pedagógica nas escolas a fim de garantir a permanência no ambiente educacional para os alunos com deficiência visual, no que tange as instituições de ensino, devem adequar seu espaço físico com o objetivo de possuir um ambiente que esteja adaptado conforme a deficiência desse alunado, permitindo assim, seu ingresso nas escolas, já na perspectiva da estrutura pedagógica é necessário formações continuadas para professores e apoio técnico, oficinas, palestras cujo foco é uma melhor preparação para lidar com os alunos com necessidades educativas especiais (N.E.E). Diante disso, o presente projeto intitulado “Deficiência visual e a utilização de recursos didáticos adaptados para o ensino de Geometria”, visa a construção de propostas de práticas em educação inclusiva voltadas para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas e a confecção de materiais didáticos adaptados para o ensino de Geometria a estudantes com deficiência visual, cujo intuito é contribuir com os professores de Matemática das escolas de ensino básico da rede pública de ensino do município de Abaetetuba/PA.

Objetivo:

1. Criação de materiais didáticos adaptados e ofertar oficinas e palestras que incentive as práticas docentes na concepção da Educação Inclusiva e do ensino de Geometria, dando suporte aos alunos com deficiência visual e aos docentes.

 2. Averiguar como se dá o processo de apropriação do conhecimento matemático desse alunado e desenvolver materiais adaptados para o ensino da Geometria aos alunos com deficiência visual; 

3. Criar vínculos entre a instituição e as escolas públicas da cidade de Abaetetuba/PA, com intuito de permitir a troca de saberes e experiências de forma coletiva entre os acadêmicos e docentes do curso de Licenciatura em Matemática com os alunos e professores destas escolas, buscando a melhoria do ensino; 

4. Realizar um elo entre escola, campus e a família dos alunos com deficiência visual envolvidos com objetivo de fortalecer relações e proporcionar uma maior aplicabilidade do conteúdo ministrado. 5. Apresentar os resultados do projeto em revistas, eventos e artigos.

Metas:

Meta 1: Ofertar oficinas/palestras e criação de recursos didáticos adaptados para a ampliação de práticas pedagógicas no ensino de Geometria a alunos com deficiência visual; Prazo: Até o final do projeto, produzir, no mínimo, 02 materiais didáticos adaptados e 02 oficinas/palestras. 

Meta 2: Diálogo sobre as ações acadêmicas e a prática docente em relação a educação inclusiva, na universidade e na Educação Básica; Prazo: Até o final do projeto, atingir, no mínimo, 30 pessoas entre alunos com deficiência visual, professores de escolas públicas e discentes da instituição. 

Meta 3: Através de pesquisas de campo identificar as dificuldades dos professores da rede pública de ensino em realizar a aplicação da Educação Inclusiva no ensino de Geometria. Prazo: Até o final do projeto, atingir, no mínimo, 10 professores da área de Matemática do ensino fundamental e ensino médio do município de Abaetetuba/PA. 

Meta 4: Elaboração e apresentação de artigos científicos em encontros, seminários locais, regionais e nacionais para difundir à comunidade acadêmica uma visão do uso da matemática na relação entre o ensino de Geometria e a educação inclusiva. Prazo: Até o final do projeto participar, no mínimo, de 01 eventos para divulgação das atividades e resultados.

Metodologia: 

O projeto será exercido, ao longo dos 12 meses, transversalmente em períodos. Em cada período, o projeto deverá contribuir para a enriquecimento da formação inicial, continuada e desenvolvimento profissional de professores e alunos da graduação, estimulando a agregação das atividades apoiadas nos três pilares: ensino; pesquisa e extensão. Cada período estará subdividida em fases, que serão: 1. Pesquisa e discussão das leis e políticas públicas para atendimento dos alunos com deficiência visual, proporcionando formação teórico-prática para a docência da matemática inclusiva; 2. Realizar questionário/entrevistas com alunos deficiente visual e professores de matemática do município, com o intuito de observar os desafios enfrentados no ensino da Matemática no cotidiano de sala de aula; 3. Analisar os questionários/entrevistas alcançados, com finalidade de examinar os assuntos de Geometria em que os alunos com deficiência visual possuem maior dificuldade; 4. Confecção e adaptação de material didático para o ensino de Geometria a alunos com deficiência visual; 6. Execução de palestras e/ou oficinas tanto para docentes e alunos do curso de Matemática como também para as escolas de educação básica a fim de publicitar às comunidades a confecção dos materiais didáticos adaptados que serviram de suporte para o ensino de Geometria para os alunos com deficiência visual.

Referências Bibliográficas:

AINSCOW, M.; FERREIRA, W. Compreendendo a educação inclusiva: algumas reflexões sobre experiências internacionais. In: RODRIGUES, David. Perspectivas sobre a inclusão: da educação à sociedade. Porto: Porto Editora, 2003.

CERTEZA, L. M. Educação inclusiva: processo em construção. Ciranda da Inclusão (a revista do educador). Prol editora gráfica, São Paulo, setembro, 2010.

LORENZATO, S. O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. Campinas, SP: Autores Associados, 2006. 

SÁ, E. D. de; CAMPOS, I. M. de; SILVA, M. B. C. Atendimento Educacional Especializado: deficiência visual. Brasilia: SEESP/SEED/MEC/, 2007. Disponível em: . Acesso em: 15 de jan. 2022. 

SILVA, Afonsa Janaína; DUARTE Edison; ALMEIDA, J. J. G. Campeonato Escolar e Deficiência visual: o discurso dos professores de Educação Física. Revista Movimento, v. 17, n. 2, p.38-55, Porto Alegre, abr./jun. 2011.

Equipe Técnica:

Coordenadora: Profa. Dra. Suellen Arruda

Subcoordenador: Prof. Dr. Reinaldo Feio Lima

Bolsista: Alexandre de Almeida Pinheiro